Sunday, November 30, 2008

rs

não vou mais acreditar nas suas mentiras,

não vou me importar, vou te deixar

não quero me vingar, não quero ver você sofrer

só quero fazer você entender o que É sofrer

não vou ligar, não vou me importar,

não vou perder meu tempo, não vou chorar

não vou reclamar, não vou falar dos meus problemas

vou ficar aqui, na companhia de mim mesmo,

só preciso disso. só quero isso.

não consigo mais diferenciar a chuva das minhas lágrimas,

as duas correm pelo meu rosto e queimam muito mais que qualquer fogo

queimam dentro, conseguem destruir tudo

é tão ridiculamente forte mas tão inexistente

a desconfiança devia ter continuado como meu escudo.

Monday, November 24, 2008

Meus dedos escrevem: morte.

São de grande porte, estão quebrados.

Fui eu que fiz, não nego,

não sou mais feliz, estou cego às verdades, sou cético

sou escroto, sou delinqüente, anti-ético.

Ainda tenho minha adrenalina, meu perigo,

para a morte não ligo.

Lâminas !

No pulso ? Não, seria clichê.

Na jugular ? Não, a dor me lembraria você.

Nunca senti meu coração pesar tanto.

Peso mais pesado não existe não,

Sinto correndo pelas veias a solidão.

Meu coração me odeia, o sangue bombeia sem eu ter que pedir –

Nunca agradeço

“Não mereço” deve gritar, mas não o ouço.

O gosto da pólvora na minha boca, a voz roca,

a dor me atormenta.

No sangue:

O cheiro do seu hálito de menta.

É, acabei com tudo.

A vida acabou, contudo a dor continua..

Não pode ser ! Não quero mais sofrer ! A solução era morrer !

Uma cura repentina..

Hã ? O que é isso ?

ACORDO, abro os olhos –

voltei à rotina.

Neste Cais...

A saudade já não existe mais

e ainda assim prendo-me a este cais:

esperando que ela apareça,

torço para que seu amor cresça.

Deixei-a porque quis e acho que hoje ela está feliz.

Agora só me restam memórias, dores, tristezas e histórias.

Guardo-as com muito cuidado

meu coração está bem trancado.

Sento aqui, neste calor, sentindo na alma a dor

esperando o meu amor.

Sunday, November 23, 2008

Violetas de Outono

que fim levaram aos meus dias de sol ?

cadê o meu Arco-Íris ? quem O roubou de mim ?

qual seu destino ? para onde foram minhas flores de cetim ?

sinto falta delas, da frieza, da companhia, da tristeza que sentia

por que levaste minha Primavera embora ?

roubaram as cores, foram levadas para fora;

trancaram-me aqui, sem ninguém

solidão é meu amigo

vivo, morro, vivo no umbigo das desgraça e da miséria

Morro. Morri e morrerei.

não tens Coração ?

não tens Piedade ?

não há solução

vivo de saudade.

Pegaram as minhas violetas do Outono,

arrancaram-me o coração, estupraram minhas rosas

as noites Frias dependem das prosas.

Saturday, November 22, 2008

Levo na vida
a dor e angústia.
Levo nas palavras
o tom melancólico.
No pensamento
o ar cético.
No sorriso
o sarcasmo.
No andar
a prova de que o amor
e a vida – que já se tornaram a mesma coisa –
já me decepcionaram mais vezes do que posso suportar.
Carrego comigo um desejo,
desejo forte de morte:
se não para amar, para que viverei ?

Tua saliva, meu veneno

vicia, destrói, corrói meus pensamentos

ficam mais lentos.

Guardo comigo, o teu cheiro,

o teu gosto, o teu rosto.

Perfeito, não há dúvidas:

belos olhos azuis,

guardam uma tristeza que não é comum

nem sequer visível para quem não te entende.

belos lábios macios,

guardam um sorriso que me encanta,

traz calafrios por todo o corpo;

é só um sorriso.

Está tão longe.

a Lua é o nosso holofote,

deitados aqui, neste teto de nuvens

sentimos o cheiro das rosas, dos perfumes

dos esgotos.

Percebemos que a vida é longa,

longa para quem não ama

para quem vive sem este drama,

curta para nós, que sentimos na pele a alegria

do amor.

Para nós, que só temos uns aos outros

que vivemos soltos, mas tão dependentes

do Amor.

As amizades, não temos.

As dores, não sofremos.

Só dependemos de nós.

A distância machuca,

os beijos nos curam,

o sofrimento eterno -

de apenas alguns minutos distantes.