Monday, November 24, 2008

Meus dedos escrevem: morte.

São de grande porte, estão quebrados.

Fui eu que fiz, não nego,

não sou mais feliz, estou cego às verdades, sou cético

sou escroto, sou delinqüente, anti-ético.

Ainda tenho minha adrenalina, meu perigo,

para a morte não ligo.

Lâminas !

No pulso ? Não, seria clichê.

Na jugular ? Não, a dor me lembraria você.

Nunca senti meu coração pesar tanto.

Peso mais pesado não existe não,

Sinto correndo pelas veias a solidão.

Meu coração me odeia, o sangue bombeia sem eu ter que pedir –

Nunca agradeço

“Não mereço” deve gritar, mas não o ouço.

O gosto da pólvora na minha boca, a voz roca,

a dor me atormenta.

No sangue:

O cheiro do seu hálito de menta.

É, acabei com tudo.

A vida acabou, contudo a dor continua..

Não pode ser ! Não quero mais sofrer ! A solução era morrer !

Uma cura repentina..

Hã ? O que é isso ?

ACORDO, abro os olhos –

voltei à rotina.

1 comment:

Mariana said...

por favor não apague seu blog... deixe eu ler seu texto! apesar de não saber se a dor é boa ou ruim, seu texto é muito bom.. parabéns!